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Tudo que você precisa saber sobre o uso do DIU

 O DIU (dispositivo intrauterino) está entre os métodos contraceptivos mais eficientes existentes. A nível mundial, o uso do DIU é de 15% das mulheres em idade reprodutiva. No entanto, no Brasil, segundo a PNDS (Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde), somente 1,9% das mulheres fazem uso do dispositivo. 

Mas, se o DIU é tão eficaz, por que não é usado por mais mulheres? Boa parte da população acaba evitando o uso do método por medo e falta de informação. Por isso, no conteúdo de hoje, vamos mostrar tudo o que você precisa saber sobre o uso do DIU. Acompanhe! 

Qual a importância do DIU?

O DIU é um dispositivo pequeno e flexível inserido pelo médico no interior da cavidade uterina e, atualmente, é um dos métodos contraceptivos mais eficazes de longo prazo. Reversível e muito seguro, o DIU apresenta taxa de gestação inferior a 1% quando usados da forma correta. Mesmo com toda a efetividade apresentada, o DIU é usado por menos de 2% da população feminina em idade reprodutiva no Brasil, enquanto na Europa a quantidade de mulheres adeptas ao DIU supera 25%.

Atualmente, os principais dispositivos oferecidos no mercado são: não hormonais – DIU de cobre e de prata -, os hormonais – contendo o hormônio levonorgestrel, derivado da progesterona. E, temos também, o DIU Mirena e o Kyleena.

A seguir, conheça um pouco mais sobre cada um deles e suas diferenças.

DIU hormonal 

Entre as opções de DIU hormonal estão o Mirena e Kyleena. O Mirena é um dispositivo hormonal também conhecido como SIU (sistema intrauterino). Esse tipo de DIU tem como revestimento o levonorgestrel, hormônio sintético da progesterona. 

Esse dispositivo é o mais utilizado por mulheres com endometriose e que buscam um método contraceptivo. O DIU Mirena pode ser usado por até 5 anos. Semelhante a esse modelo, o Kyleena é outro tipo de DIU hormonal que apresenta liberação do levonorgestrel no organismo da mulher.

No entanto, esse dispositivo é menor que o Mirena. Por isso, pode ser utilizado por mulheres com úteros menores, que não tenham filhos, assim como por adolescentes. Desse modo, o DIU Kyleena realiza uma liberação menor da quantidade de hormônio. Contudo, ainda oferece proteção, e pode evitar a gestação também por até 5 anos.

O DIU hormonal também pode ser indicado para tratar episódios de sangramento menstrual excessivo, assim como cólicas menstruais. Algumas mulheres reduzem tanto o fluxo menstrual, podendo ficar ausente.  Pode ser indicado para a proteção do endométrio (camada interna do útero), durante a terapia hormonal realizada durante a menopausa.

DIU não-hormonal

O DIU não-hormonal mais conhecido é o DIU de Cobre que dura 10 anos,mas hoje em dia existem outros tipos, como o de Prata com duração de 5 anos. Outros tipos de DIU não hormonais foram criados para reduzir os efeitos colaterais do tradicional DIU de Cobre, como cólica e aumento do fluxo menstrual. Ao ser inserido na cavidade uterina, o dispositivo libera íons que dificultam a motilidade dos espermatozoides no útero, dificultando a fecundação. Ainda que o espermatozóide ultrapasse a barreira do DIU, o dispositivo dificulta a implantação do óvulo fecundado no útero. 

Diferente dos modelos que utilizam hormônio em sua composição, o DIU de cobre e prata não suspende a menstruação. Entretanto, em algumas mulheres, o fluxo menstrual pode aumentar nos primeiros 6 meses, sendo acompanhado de cólicas nesse período de adaptação.

O DIU provoca alterações hormonais?

O DIU hormonal pode provocar algumas alterações no padrão menstrual da mulher por sua composição. Desse modo, podem ocorrer escapes menstruais (quando o sangramento é escuro e em menores quantidades), sangramento irregular ou interrupção da menstruação. Outros efeitos colaterais comuns são o aumento da oleosidade da pele, queda de cabelo, dores nas mamas e dores de cabeça.

O que preciso saber antes de colocar DIU?

Antes de colocar o DIU, é importante saber qual o melhor dispositivo para seu caso, visto que os modelos podem variar entre hormonais e não-hormonais. Para isso, é fundamental escolher o método adequado junto ao seu médico, considerando que a decisão pode variar de uma mulher para outra.

É importante ressaltar que, ainda que o DIU seja um método contraceptivo extremamente seguro em todos os seus modelos, ele não é capaz de proteger contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), visto que esse não é o objetivo do dispositivo. Desse modo, além de utilizar o DIU para evitar uma gestação, é essencial usar outro método de barreira para evitar as ISTs durante relações sexuais, ou seja, a camisinha. 

Seja o DIU hormonal ou não-hormonal, todos os modelos apresentam alta eficácia como método anticoncepcional. Mas precisam ser acompanhados anualmente com ultrassom endovaginal para avaliação de sua localização. Utilizado em todas as faixas etárias, o DIU pode ser usado por mulheres que ainda não têm filhos, mulheres na menopausa e também puérperas (mulheres que acabaram de ter bebê). A inserção do DIU logo após o parto, prática comum hoje em dia, tem um grande risco de mal posicionamento, devido ao grande volume uterino. Seja após cesárea ou parto normal, o DIU pode ser inserido após 40 dias do nascimento do bebê, ajudando a prevenir outra gestação.

Você conferiu tudo o que precisa saber sobre o DIU para escolher essa opção como seu método contraceptivo. Basta lembrar que cada mulher apresenta diferentes necessidades. Por isso, a escolha do melhor modelo deve ser realizada junto ao seu médico ginecologista. 

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