De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o autoexame das mamas deixou de ser recomendado em países mais desenvolvidos há mais de 10 anos por não ser capaz de identificar tumores menores que 1 centímetro, vistos somente por meio da mamografia.
No entanto, a preocupação dessa decisão é que as mulheres deixem de buscar atendimento médico, visto que muitas só procuram um profissional após identificar alterações. A seguir, confira mais sobre o assunto e entenda porque o autoexame deve continuar sendo realizado, mas, sem substituir a mamografia.
O que é o autoexame?
O autoexame de mamas é um método prático e simples de prevenir o câncer de mama. Popular e muito divulgado, o autoexame consiste no toque e palpação das mamas como forma de identificar qualquer alteração. Essa prática é recomendada para mulheres acima dos 20 anos. A técnica auxilia na identificação de nódulos e outras alterações, permitindo que a mulher perceba algum problema e busque atendimento médico rapidamente.
Essa é uma técnica de prevenção, que ajuda na identificação desse problema de saúde, além de permitir que a mulher consiga perceber alguma alteração nas mamas.
Ainda que seja chamado autoexame de mamas, o toque deve ser realizado em toda região próxima aos seios, como axilas e fossa clavicular, popularmente conhecida como saboneteira.
O que é o exame de mamografia?
Já a mamografia é um exame de imagem por raio-x realizado por meio do mamógrafo, equipamento desenvolvido especialmente para o teste. Durante a mamografia, a mulher tem a mama comprimida entre duas placas de acrílico, como forma de permitir a melhor visualização das estruturas mamárias.
Esse exame permite que o médico identifique lesões benignas e também cancerígenas ainda em estágio inicial. Ou seja, torna possível detectar nódulos que não são palpáveis durante o autoexame e consultas de rotina.
Qual a importância da mamografia?
A mamografia é atualmente um dos principais exames usados para prevenir o câncer de mama, realizado anualmente por mulheres acima dos 40 anos. Por meio dela, tumores, lesões e outras alterações que não seriam identificadas no autoexame podem ser detectados, melhorando as chances de um diagnóstico precoce e, consequentemente, aumentando as chances de cura para o tratamento.
Segundo informações do INCA (Instituto Nacional de Câncer), 70% das mulheres entre 50 e 69 anos têm acesso à mamografia. Entretanto, somente 20% delas realizam o exame. Por esse motivo, ações como deixar de recomendar o autoexame pode implicar no aumento da mortalidade.
Afinal, sem a necessidade do exame, boa parte das mulheres podem abandonar de vez os cuidados periódicos, como a realização da mamografia, resultando em diagnósticos tardios e diminuindo as chances de cura.
O autoexame pode substituir a mamografia?
Não, o autoexame não pode substituir a mamografia. Afinal, ele só detecta nódulos que são palpáveis. No entanto, tampouco pode deixar de ser realizado, visto que o exame ajuda na identificação de alterações nas mamas, permite acompanhar alguma anormalidade nos seios, e contribui para que a mulher tenha conhecimento de seu próprio corpo.
Como deixar a mamografia menos desagradável?
Boa parte das mulheres tem resistência ao realizar a mamografia, pois o procedimento pode ser desconfortável em algumas situações, principalmente com o uso de prótese de silicone. A sensibilidade é individual, por esse motivo, é comum que algumas mulheres sintam mais desconforto que outras.
Além disso, fatores como a faixa de idade e o período menstrual podem influenciar. Mulheres mais jovens possuem maior tecido glandular, por isso, a dor pode ser mais intensa. Em relação ao período menstrual, quanto mais próximo do ciclo, mais desconforto a mulher pode sentir, devido à questão hormonal e também a retenção de líquidos no organismo. Para aliviar a dor, algumas alternativas podem ser realizadas.
A primeira delas é procurar um centro de diagnóstico por imagem qualificado, com experiência no mercado e profissionais humanizados para a realização dos exames e demais procedimentos. Além disso:
- realizar a mamografia sempre após o período menstrual;
- utilizar medicamento analgésico duas horas antes de fazer o exame, caso não tenha contraindicação;
- manter uma alimentação rica em ácido linoleico e gama-linoleico, presentes no azeite, castanhas, sardinha e salmão.
Quando fazer a mamografia?
Como forma de rastreamento, a mamografia é indicada anualmente para mulheres acima dos 40 anos e, para mulheres com casos de câncer de mama na família, acima dos 35 anos. Acima dos 50 a 69 anos, o exame é indicado a cada 2 anos.
O exame também pode ser indicado a mulheres mais jovens em caso de suspeita de síndromes hereditárias ou como forma de complementar o diagnóstico de nódulos palpáveis.
Assim como o autoexame, a mamografia é importante na vida da mulher, por isso, não pode ser substituída por outro exame. Além disso, deve ser realizada corretamente, como exame de rotina, ajudando a prevenir e identificar qualquer problema ainda de maneira precoce.
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