De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o índice razoável de partos por cesárea é de 15% dos nascimentos. No entanto, dos 2,9 milhões de partos realizados anualmente no Brasil, 55% são cesáreas. Entender o tipo de parto ideal para cada pessoa é essencial para evitar procedimentos muitas vezes realizados sem necessidade.
Por isso, acompanhe a leitura de hoje e saiba quais são os diferentes procedimentos utilizados para trazer um bebê ao mundo. Conhecendo melhor cada um deles, poderá decidir, junto ao seu médico, qual o melhor tipo de parto para você!
Como escolher o melhor tipo de parto para mim?
A Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) assegura que a mãe escolha o tipo de parto durante o pré-natal, desde que seja informada dos riscos e benefícios. Quando se opta pela cesárea eletiva, sem doença materna ou fetal, o procedimento deve ser realizado somente após 39 semanas, quando os riscos para a criança diminuem.
Ainda que seja uma decisão da mãe, a escolha sobre o tipo de parto deve ser compartilhada com o médico, visto que o profissional será responsável por fornecer informações sobre a situação das gestantes, explicando os riscos e benefícios envolvidos em cada escolha. Como forma de garantir o acesso às informações necessárias para escolher o tipo de parto, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) criou a Resolução Normativa nº368:
“dispõe sobre o direito de acesso à informação das beneficiárias aos percentuais de cirurgias cesáreas e de partos normais, por operadora, por estabelecimento de saúde e por médico e sobre a utilização do partograma, do cartão da gestante, e da carta de informação à gestante no âmbito da saúde suplementar”.
Conheça o parto natural
O parto natural difere do parto normal. Nessa via de concepção, a mãe é a responsável por todo o processo, com participação ativa no momento do nascimento. Nesse tipo de parto, os comandos do corpo da mãe ditam o ritmo, por isso, ocorre sem intervenções médicas, como anestésicos, analgésicos ou substâncias para acelerar as contrações, sendo utilizados somente quando necessário.
Por ter a menor possibilidade de efeitos colaterais nocivos para a vida da mãe ou bebê.
Conheça a cesárea
A cesárea é o tipo de parto mais realizado no Brasil. Caracterizada por ser uma intervenção cirúrgica, ela pode ser realizada por escolha da gestante ou em casos de emergência, quando a vida e saúde da mãe ou bebê estão em risco em outra via de parto.
Ainda que seja uma alternativa muito eficiente, a OMS incentiva a escolha pelo parto normal ou natural, visto que a cesárea também apresenta riscos, além de ter uma longa recuperação em relação aos outros tipos de parto.
Conheça o parto normal
O parto normal, também conhecido como parto vaginal, é realizado a partir da 39ª semana, quando a gestante começa a sentir contrações intensas no abdômen, parecidas com fortes cólicas. Quando a contração é identificada a cada 3 minutos e há dilatação do colo do útero de 4 centímetros, o bebê está prestes a nascer.
Ao se apresentar totalmente dilatado, com 10 centímetros de abertura, as contrações na mulher serão ainda mais dolorosas, pois a parede do útero fará pressão para que, junto com a força da mãe, o bebê seja impulsionado para fora, pelo canal vaginal.
Conheça o parto na água
O parto na água é um dos mais buscados nos últimos tempos. Entre os principais motivos para destacar-se entre as mães, está o conforto oferecido no momento do nascimento. Ao permitir uma melhor irrigação sanguínea, a água promove relaxamento muscular e contribui para a dilatação do colo do útero, acelerando o processo de nascimento.
Para o bebê, esse tipo de parto é o menos traumático. No entanto, assim como nas outras modalidades, deve ser realizado de forma segura e adequada, por profissionais especializados.
Conheça a cesárea humanizada
A tentativa da cesárea humanizada é, ainda que em um procedimento cirúrgico, manter o conceito de um parto normal. Nesse processo, a mãe recebe maior atenção, sendo atendida em um ambiente confortável, com acompanhante e até mesmo música. Nesse tipo de parto, o cordão umbilical é cortado somente após parar de pulsar, e o bebê é colocado junto à mãe logo em seguida ao seu nascimento.
Agora que você conhece cada tipo de parto, é importante lembrar que a decisão de escolha é da mãe, junto ao médico. Contudo, sempre que necessário, em uma situação de emergência torna-se obrigatória a mudança da via de nascimento da criança.
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